É isso que mostra uma pesquisa publicada no último dia 26 pelo site do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). O levantamento teve como objetivo mostrar de que forma o consumidor brasileiro se relaciona com as suas finanças. Foram entrevistados 804 consumidores acima de 18 anos, de ambos os gêneros e de todas as classes sociais, nas capitais do País.Estampada nas vitrines das lojas, especialmente no início do ano, a palavra “promoção” costuma ser bastante tentadora. Para algumas pessoas, comprar é sinônimo de felicidade. No entanto, não resistir à vontade de sair gastando pode comprometer o orçamento e gerar dívidas.
A pesquisa apontou que pelo menos 46% das pessoas entrevistadas não conseguem controlar seus orçamentos, ou seja, muitas vezes acabam gastando mais do que recebem, não se planejam para possíveis imprevistos e desconhecem o quanto gastam. Menos da metade (48,1%) se diz organizada financeiramente (veja box abaixo).
EDUCAÇÃO
Entretanto, a economista e especialista em educação financeira Patrícia Godoy ressalta que é possível controlar os gastos, colocar o orçamento em ordem e ser uma pessoa educada financeiramente. Para isso, o consumidor precisa saber o que quer e aonde quer chegar. Além disso, é necessário se conscientizar de que seus hábitos devem mudar. A economista destaca que o processo não é simples e, em alguns casos, requer, além da determinação, o acompanhamento de um educador financeiro que traçará metas a serem vencidas.
Uma pergunta que o consumidor precisará se fazer constantemente é: “Eu realmente preciso disso?”. Se a resposta for negativa, a orientação é não adquirir o produto, independente se vai comprar à vista, no cartão de crédito ou débito. De acordo com Patrícia, as principais características do consumista é alguém que compra tudo o que “lhe agrada”, alguém que compra para tirar o estresse ou que não consegue ver uma promoção.
“Se realmente precisar comprar algo naquele momento, a dica é: veja primeiro como está o mercado. Pesquise e só depois adquira o que precisa. Você fará sem ter aquela sensação de culpa”, avalia a especialista em educação financeira.
FONTE: (Pryscila Soares/Diário do Pará)