Lideranças femininas melhoram a cultura organizacional.

 Empresas e instituições com equidade de gênero tendem a apresentar resultados 20% melhores

O dia 08 de março é comemorado o Dia Internacional da Mulher. A data celebra a luta das mulheres por melhores condições de vida e equidade nos salários e cargos dos seus trabalhos. A luta é justa! A entrada delas no mundo corporativo só teve início, muito precariamente, no século XIX e só mais recentemente passaram a assumir posições que eram consideradas exclusivamente.

“Ao longo das últimas mulheres têm alcançado cargos de liderança mais altos nas empresas e servido de inspiração para outras mulheres que almejam se desafiar e mudar o mundo. Mas sabemos que ainda há um longo caminho a ser percorrido e que precisamos reconhecer o que está impedindo o desenvolvimento e crescimento de mulheres talentosas e, muitas vezes, de homens também: as culturas organizacionais dominantes ainda hoje”, explica Lívia Brandini, fundadora e CEO da Kultua – Peopletech focada em Cultura Organizacional e People Analytics.

Segundo Brandini, as relações de trabalho que vivemos foram moldadas e reforçadas por crenças, valores, estruturas e práticas destinadas a manter o status quo e a posição de quem está no poder. Mas, ao contrário do que as mentes mais atrasadas imaginam, ter mais mulheres em cargos de liderança contribui para um melhor clima organizacional, políticas mais diversas e inclusivas e abre oportunidades para outras mulheres, promovendo mais equilíbrio no ambiente de trabalho.

“Lideranças femininas tendem a mitigar conflitos, discriminação, assédio sexual e moral, medo de demissão por gravidez, além de demonstrar, através de seus próprios exemplos, que as mulheres podem ocupar cargos de altos níveis com conhecimento técnico e com inteligência emocional”, afirma.

De fato, um relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) mostrou que empresas com conselhos bem balanceados com equidade de gênero tendem a apresentar resultados 20% melhores. Além disso, estudos do Internacional Finance Corporation (IFC) de 2018 apontaram que o aumento de liderança feminina no topo de organizações está diretamente vinculado a melhores padrões ambientais, sociais e de governança (ESG).

Mulheres no poder
De acordo com a pesquisa Women in Business 2020 realizada recentemente pela Grant Thornton International,  mostrou que o Brasil está acima da média global (29%) com mulheres em cargos de liderança, com 34% dos cargos de liderança sênior (diretoria executiva) nas empresas de middle-market. O país está na 8ª colocação no ranking composto por 32 países, sendo que a lista é liderada pelas Filipinas (43%), seguidas da África do Sul (40%) e Polônia (38%).

Essas mulheres também estão presentes nas instituições e organizações representativa como na Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), a maior representante do varejo no Brasil. No que diz respeito à liderança feminina a CNDL se orgulha de ter em suas fileiras quadros femininos da mais alta importância.

“Temos presidentes mulheres em dezenas de Câmaras Lojistas, Federações e em cargos da diretoria da CNDL. Incentivamos e nos beneficiamos da participação dessas lideranças em nossos quadros”, diz o presidente da CNDL, José César da Costa.

“Nossa equipe na Confederação é bem enxuta, possui apenas 18 profissionais, dos quais onze são mulheres. Não tenho dúvida de que incentivar a pluralidade de gênero na CNDL colocou nossa instituição mais próxima de uma tendência que cada vez mais forte no varejo, que é o da diversidade das equipes de trabalho”, diz.

E esse pensamento não se restringe à Confederação. É cada vez maior o número de mulheres presidentes de Câmaras de Diretores Lojistas. Em Pernambuco, por exemplo, seis mulheres iniciaram o ano ocupando cargos de comando em seus municípios.

Para o presidente da FCDL-PE, Eduardo Catão, a representação de lideranças femininas traduz uma realidade já presente em diversos setores da sociedade. “A escolha de presidentes mulheres nas CDLs de Pernambuco é motivo de orgulho para o nosso estado. A diversidade, que já é realidade em vários setores da economia, também deve ser estimulada nos cargos de liderança do movimento lojista. Aqui em Pernambuco torcemos para o sucesso e desenvolvimento dessas lideranças.”

“Não tenho dúvida de que a mulher que empreende, que lidera, é Protagonista da sua vida e impacta na vida de outras pessoas, na sua família e na sociedade”, diz a Presidente da CDL Salgueiro (PE), Regilane Barros.

Conquistas para serem valorizadas
Maria do Socorro, presidente da FCDL-MA: “Ninguém convidou as mulheres para o ambiente dos negócios”

 

 

 

 

 

Maria do Socorro Teixeira Noronha é piauiense de Teresina, mas construiu a maior parte de sua história no Maranhão, aonde chegou aos 15 anos. O pai era empresário do ramo de automóveis e, graças a isso, tomou gosto pelos negócios. É graduada em Administração, Ciências Contábeis e Direito. Como se não bastasse, tornou-se uma liderança importante dentro da CNDL. Mãe de quatro filhos e avó de uma menina, é diretora da instituição e consciente do seu papel de mulher na sociedade.“A verdade é que ninguém convidou a mulher para o ambiente dos negócios. A participação feminina no cenário empresarial começou tardiamente e sem apoio, por isso nossas conquistas devem ser valorizadas. Historicamente, ela batalhou por espaços e ainda tem que lutar todos os dias para provar que tem competência, apesar de tantos exemplos de sucesso que já temos. Acho que ser uma liderança varejista significa conciliar o cuidado com a família, investir em sua autoestima e criar mecanismos de defesa contra a discriminação”.

Características que fazem diferença

Cinthia Costa, da CNDL: habilidades multitarefas
Administradora, pós-graduada em Gestão e Projetos e pós-graduanda em Gestão de Eventos, Cinthia Costa é responsável pela área de eventos da CNDL. É uma das 11 mulheres que integram a equipe de 18 profissionais da organização. Para ela, que já passou por três gestões da entidade, está na terceira gestão, ver a outras colegas em postos de comando a encoraja a se desenvolver profissionalmente e pessoalmente.

“O fato de ter tantas mulheres nas Diretorias da CNDL, me impulsiona, encoraja e me dá exemplos da capacidade que uma mulher tem em atuar em várias áreas da vida. Com isso percebo que a mulher deixou de ser vista apenas como filha, futura esposa e mãe dedicada. Hoje ela sabe que pode encontrar reconhecimento também fora do ambiente familiar e isso abre a incentiva a buscar novas oportunidades no mercado de trabalho e na busca das suas realizações, sejam elas quais forem. E acho que isso também se deve às características do nosso gênero. Temos mais equilíbrio, flexibilidade e habilidades em multitarefas.”

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