
Sistemas de MDM permitem que as empresas configurem dispositivos móveis para potencializar o trabalho das equipes de campo e reduzir os custos com o uso de dados

Foto: Divulgação/Pulsus
Um dos principais legados da pandemia do novo coronavírus com toda certeza é o aumento da mobilidade corporativa, não só porque o serviço de entrega passou a ser um fator determinante para os consumidores – colocando mais funcionários nas ruas das cidades –, como também porque o trabalho remoto veio para ficar. Pesquisa da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA-USP) mostra que cerca de 73% dos trabalhadores que ainda estão em home office acreditam que esse sistema de trabalho é mais satisfatório do que o emprego em local físico. Inclusive, 81% dos entrevistados acreditam que estão sendo mais produtivos no emprego depois que ingressaram no teletrabalho e que isso acabou levando mais resultados para os contratantes. O levantamento foi divulgado em setembro deste ano.
A questão é que a concentração de equipes externas e o teletrabalho também criaram um problema para os negócios: como garantir que os colaboradores tenham acesso, de qualquer lugar, aos recursos necessários para realizar suas tarefas e obrigações ou até mesmo fazer um atendimento emergencial ou uma negociação importante? Segundo especialistas em tecnologia, a solução para a problemática não é nova: trata-se do Mobile Device Management (MDM), que permite configurar dispositivos móveis para potencializar o trabalho das equipes de campo, bem como contribuir para mais performance, produtividade, diminuição de riscos, segurança de dados e redução de custos (gestão do consumo de dados móveis).
“As empresas estão apostando em smartphones, tablets e outros equipamentos eletrônicos para aumentar o nível de produtividade e de mobilidade das equipes. Soluções MDM permitem que uma empresa implemente uma série de processos e iniciativas para administrar com segurança, de forma completa, eficiente, remota e ágil, o uso desses aparelhos corporativos”, afirma Vinícius Boemeke, cofounder da Pulsus, empresa referência em soluções MDM.
Na prática, as empresas podem contratar softwares de MDM, instalá-los em dispositivos móveis corporativos e, por fim, distribuir estes aparelhos entre os membros do seu time. Com a medida, fica mais fácil a comunicação entre as equipes e o gerenciamento e a execução das tarefas. As soluções que dão mobilidade aos colaboradores garantem que eles possam estar no lugar certo, na hora crítica.
“As empresas têm a necessidade de conectar adequadamente suas equipes e melhorar a mobilidade corporativa, e os negócios vêm entendendo que as soluções nesse segmento são um investimento para um gerenciamento mais assertivo, que resulta em aumento do faturamento e maior eficiência nos serviços”, explica o cofundador.

Foto: Divulgação/Pulsus
Pulsus
De acordo com o empreendedor, o sistema da Pulsus permite que os usuários tenham, por exemplo, acesso aos dados do estoque em tempo real e corrija a rota em caso de desistência do cliente. É possível ainda habilitar e desabilitar os aplicativos de trabalho instalados no aparelho móvel, segundo a legislação trabalhista.
O seu MDM já é utilizado por players importantes em todo o Brasil, como Ambev e Braspress, e também em países da América Latina e África. São mais de 900 clientes – da área de logística, educação, transporte e indústria – e quase 1 milhão de dispositivos gerenciados. Boemeke garante que o sistema também segue as regras da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). “Temos diversos recursos de segurança, pois as corporações têm dados sensíveis que trafegam nestes dispositivos, e precisamos garantir a confiabilidade”, afirma.
Mas não precisa ser uma grande empresa para utilizar este tipo de tecnologia. Os micro e pequenos negócios também podem se beneficiar do MDM. “Quando a gente fala de uma operação que tem 20 mil aparelhos, um dos principais apelos é a gestão de inventário, uma vez que a escala é muito grande. É claro que para os pequenos negócios, os apelos serão outros, mas hoje temos clientes com até 10 dispositivos – operações pequenas – se beneficiando do sistema da Pulsus”, diz Vinícius Boemeke, acrescentando: “até o nosso modelo de cobrança, que tem a linha do paper use, traz uma flexibilidade, já que algumas dessas empresas têm sazonalidade. Por exemplo, contrata 10 promotores no Natal e em janeiro já não tem mais, então, soluções que cobram por ano acabam não sendo interessantes para esses negócios”.
O Grupo Master Express, que presta serviços de logística hospitalar, é uma das empresas que usam o sistema da Pulsos para gestão de aplicativos, disponibilizando somente apps utilizados para realizar as atividades corporativas. Para César Donadio, diretor de Qualidade e Inovação da Master, este tipo de solução garante a segurança de dados, impedindo instalações de apps não permitidos e controlando a utilização de recursos dos aparelhos; e proporciona redução de riscos e economia de custos com o consumo de dados móveis; e a segurança dos funcionários.

Foto: arquivo pessoal
“A Pulsus é nossa parceira desde 2018. Hoje, 80% da nossa operação é realizada por meio do seu sistema, com aproximadamente 295 aparelhos móveis ativos”, conta César Donadio, explicando que a empresa atua em vários estados do Brasil e tem filiais em Curitiba (PR), Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP).
Com 600 funcionários, a empresa de logística realiza mais de 40 operações de transporte hospitalar diferentes, bem como oferece serviços 24 horas. São mais de 180 mil serviços por mês.
O Grupo Master Express utiliza também o recurso de acompanhamento de rotas, monitorando o caminho que cada colaborador faz. Esse monitoramento pode ser feito por qualquer período – dia, semana, mês etc.
“Este tipo de solução facilita a gestão de equipes externas, aprimorando processos e definindo com precisão quem está utilizando determinado dispositivo”, explica Donadio, destacando: “no mercado, não há nada igual ao sistema da Pulsus”.