VALE A PENA INVESTIR EM UM FUNDO DE AÇÕES?

FUNDO

Está barato ou pode cair ainda mais? Nas conversas de botequim e entre amigos essa é a pergunta recorrente sobre o preço das ações. Há justificativa para tanto: em 2015 o Ibovespa, que compõe os principais papéis negociados na bolsa paulista, levou um tombo de mais de13%, sacudido pelo terremoto de ações nobres como Petrobras e Vale. Para quem nunca pôs os pés nesse balaio, os fundos de ações pode ser um bom pontapé inicial na visão dos analistas.

Em um horizonte de quatro a cinco anos, esses fundos podem bater os investimentos em renda fixa. Mas é preciso ter estômago e saber que as altas e baixas nos próximos dois anos serão significativas, diz Jorge Marino Ricca, gerente executivo de fundos de ações do Banco do Brasil (BB DTVM). Mas ele avisa aos marinheiros de primeira viagem: Não se pode olhar a rentabilidade passada como uma projeção para o futuro.

Não há números oficiais, mas pode-se dizer que existem hoje, na prateleira dos bancos de varejo, entre 15 a 20 tipos diferentes de fundos de ações. Há para todos os tipos de gostos e bolso. Se contabilizado os chamados fundos exclusivos, que são aqueles arquitetados para empresas e grupos fechados, essa cifra salta para cerca 60 tipos de fundos de ações diferentes.

Bê-á-bá

Para aplicar em fundos de ações é preciso reconhecer o terreno. Aplicação inicial, taxa de administração, impostos e principalmente os tipos de fundos são informações preciosas. Além de saber o básico: trata-se de uma aplicação de risco, você pode ganhar ou perder. E nesse caso valem também as máximas de ganhar muito ou perder muito.

Atualmente a aplicação inicial dos fundos de ações, nos principais bancos de varejo, oscila entre R$ 200,00 a R$ 1.000,00. Tudo vai depender do banco e do tipo de fundo de ação escolhido. Quanto mais sofisticado e de difícil gerenciamento, maior a aplicação inicial exigida.

A mesma regra vale para a taxa de administração, que é quanto os bancos cobram para gerenciar em seu nome o fundo. Em média essa taxa oscila entre 1,5% a 4% ao ano sobre o patrimônio, o que foi investido.

A parte do Leão, os impostos, é de 15% sobre o lucro que o fundo obteve na hora do resgate. Se não houver lucro, não paga. Imagine que você tenha investido R$ 1.000,00 e na hora de resgatar o valor do fundo for de R$ 1.100,00. Nesse caso o valor do Leão será de R$ 15,00.

O que escolher?

Jorge Marino Ricca, do BB, diz que a previsibilidade dos fundos está hoje muito prejudicada com a instabilidade político-econômica do País. Mas dá uma dica: É interessante olhar o preço das ações que compõem o fundo e estimar como será o lucro desses papéis no futuro. Essa relação, chamada de Preço X Lucro estimado, pode ser um importante sinalizador para se investir em longo prazo.

Feitas todas as contas, é hora de saber qual família de fundo escolher. Não existe uma nomenclatura oficial, somente uma espécie de prática no mercado sobre essas famílias. O portal da DINHEIRO preparou uma forma de cola para você fazer a escolha que melhor se adapta ao seu perfil e risco.

Fundos Indexados: são os fundos que tentam perseguir o Ibovespa, o índice da BM&FBovespa, que é composto por 61 ações. Uma espécie de parâmetro sobre o qual os administradores balizam-se. Trocando em miúdos, você aposta no desempenho da bolsa.

Fundos de Ativos de Índice: acompanham os outros índices de ações da BM&FBovespa (Índice Brasil 50 – IBrX 50 ; Índice Brasil 100 – IBrX 100); Índice Brasil Amplo – IBrA).

Fundos de Ações Livres: são aqueles em que os gestores escolhem os papéis. E aí o céu é o limite. Uma boa dica é sempre perguntar na hora de investir quais os papéis que compõem esse tipo de fundo.

Fundos Setoriais: a bolsa também mantém índices de ações específicas, de nichos de mercado. São os chamados índices setoriais, cuja rentabilidade é perseguida por esses fundos (Índice de Energia Elétrica – IEE; Industrial INDX; Consumo ICON; Imobiliário IMOB; Financeiro IFNC; Materiais Básicos IMAT; Utilidade Pública UTIL)

Fundos de Dividendos: são os que tentam acompanhar as empresas boas pagadoras de dividendos aos seus acionistas. A prática de mercado é que quando a empresa paga dividendos aos seus acionistas, este dinheiro é reinvestido pelo próprio fundo em nome do cotista.

Fundos de Sustentabilidade e Governança: são aqueles que acompanham empresas transparentes na relação com o acionista, que dão maior atenção aos minoritários e têm preocupações sócio-ambientais. A própria BM&FBovespa tem índices que acompanham essas empresas (Sustentabilidade Empresarial ISE; Carbono Eficiente ICO2; Governança Corporativa Diferenciada IGCX; Corporativa Trade IGCT; Novo Mercado IGC-NM; TagAlong Diferenciado ITAG).

Fundos BDR (BrazilianDepositReceipts): bastante recente no mercado para o varejo, são fundos que tentam acompanhar os BDR, que nada mais são que papéis de empresas do exterior negociadas no Brasil. Na prática você estará investindo em ações como Google, Apple, Facebook entre outras. Mas há um detalhe: tanto nos BDRs quanto nesses fundos há o risco do câmbio que precisa ser contabilizado.

FONTE:Economia – Varejo | IstoÉ Dinheiro Online | BR

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