Junho fechou com variação positiva de 0,1%. Resultado do 2º trimestre, foi pior que o do primeiro
07.08.2019 11:24 por Redação
O comércio brasileiro vive um ano desanimador. Em julho, o volume de vendas subiu apenas 0,1% em relação a junho. Ainda, assim, o resultado deve ser considerado positivo: foi a primeira alta desde março.
Segundo o instituto o baixo ritmo da atividade econômica, o desemprego e o alto grau de endividamento das famílias colaboram para o mau desempenho do comércio.
“As famílias estão fugindo das prestações na aquisição de bens duráveis como móveis e eletrodomésticos, e estão direcionando o consumo para alimentos. Então, a queda em hipermercados não significa que as famílias estejam deixando de comprar, mas estão optando por marcas mais baratas. Na farmácia, não dá para fazer isso”, explica a gerente da pesquisa, Isabella Nunes.
Entre maio e junho, as vendas caíram em 15 das 27 Unidades da Federação, sendo a mais forte no Piauí (-10%).
A alta
Segundo o IBGE, a variação positiva das vendas em julho está relacionada ao desempenho hipermercados, supermercados e outros artigos de uso pessoal e doméstico. Tiveram queda as vendas de combustíveis e lubrificantes (-1,4%), móveis e eletrodomésticos (-1,0%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-2,4%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (-0,8%).
“Supermercado é uma atividade que se tem um grande poder de substituição de produtos, ou seja, o consumidor troca um produto por outro mais barato, o que acaba impactando na receita do comércio”, explicou a pesquisadora.